Diz António Barreto que está “farto do PSD”, temendo os efeitos que a patética crise no partido possa gerar na sociedade e na democracia portuguesas. O problema é não ser patriótico estar farto de Portugal. Dizê-lo seria excessivo, decerto, e quem a tal se atrevesse seria penalizado pelos virginais defensores que empunham a espada de D. Afonso Henriques por dá cá aquela palha. A verdade é que este país é, pelo menos, cansativo e parolo. É do próprio país a culpa – nossa, dos que vieram antes e dos que virão depois – de ter evoluído rumo a um bipartidarismo absurdo. Não propriamente pelo conceito da alternância, mas pela bizarra circunstância de serem permanentes candidatas ao Governo duas formações absolutamente similares e bizarras, em que o liberalismo vive de braço dado com a social-democracia. Vai estourando o PSD porque o PS está na mó de cima, mas ambos nadam na mesma sopa de contradições. Já para não falar dos profissionais da política, despidos de ideias e satisfeitos por se moverem nesse caldeirão de intrigas, na expectativa de que a sopa seja repartida por bem areados tachinhos.
Contacto
-
bloguepos[arroba]gmail.com
Últimos posts
Arquivo
Ligações
- A aba de Heisenberg
- A Baixa do Porto
- A Cidade Surpreendente
- A Curva da Estrada
- Anarca constipado
- A origem das espécies
- Arrastão
- A tasca do Belmiro
- Atrium
- Aurelia
- Avatares de um desejo
- Bandeira ao vento
- Blasfémias
- Blogame mucho
- Bola na Área
- Bomba inteligente
- Bússola
- Causa nossa
- Colina de cristal
- Comboio Azul
- Coriscos
- Corta-fitas
- Da Literatura
- Delírios do Comboio Amarelo
- De Rerum Natura
- Dias com Árvores
- Dolo eventual
- Esgravatar
- Esmaltes e jóias
- Esplanar
- Flor de Sol
- Flores e abelhas
- Geração Rasca
- Glória fácil
- It takes two to tango
- Jornalismo e comunicação
- JornalismoPortoNet
- Mas certamente que sim!
- não sei pra mais
- Netescrita
- No meu quintal
- Os Anos do Metal
- O Silêncio de Deus
- Pobo do Norte
- Portuense
- Rua da Judiaria
- Teatro anatómico
- Travessias
- Viadupla
- Welcome to Elsinore
XML
0 Responses to “Mais do mesmo de mais”