Como jornalista, tenho a obrigação de acreditar que não basta ser-se ignorante e destituído de espírito crítico para se aceder à profissão, mas às vezes parece mesmo que sim. Isso nota-se nas pequenas coisas, que são, afinal, as maiores mostras da ligeireza com que se está na vida e na profissão. Uma boa ideia, por exemplo, é deixarem, de uma vez por todas, de dizer que houve "48 anos de Estado Novo" em Portugal. Ora bolas! Isto vem da retórica do pós-25 de Abril, em que, por tudo e por nada, se falava em "48 anos de fascismo", mas a verdade é o que Estado Novo foi definitivamente instituído pela Constituição de 1933. Ou seja, não surge no golpe militar de 28 de Maio de 1926. Depois disso, como dizia o Guterres, é só fazer as contas e poupar o meu televisor aos insultos com que, uma ou outra vez, o vou brindando.
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