A cabeça, meus senhores, usem a cabeça!, gritaria eu, debruçado da janela. E os complacentes trolhas, que martelam incessantemente desde as oito e meia, ignorando que me deitei às quatro, pousariam em silêncio a ferramenta nos andaimes, descendo com a suavidade do algodão, atravessando a rua em fila indiana e, depois de alinhados junto à escola em frente, esbodegando as cornaduras numa convicta série de cabeçadas contra o muro.
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