Dizia permanentemente um colaborador desportivo do JN, daqueles da velha guarda, que já não existem, "o tempo é um grande mestre". Entre outras frases nele emblemáticas, talvez pelo permanente estado de grão na asa. Ora, diz-se da qualidade das produções artísticas que é revelada pela forma como sobrevivem à prova do tempo. Porém, também os artistas, ou mais ainda os artistas, estão sujeitos a esse escrutínio de Cronos, arrastando com eles a obra. Ou seja, a comparação de filmes que vos proponho destina-se, justamente, a avaliar a erosão cronológica. Evidentemente, num e noutro canta o mesmíssimo produto da Criação que dá pelo nome de David Lee Roth.
Van Halen, Jump
David Lee Roth, Jump
(via caixa de comentários de Os Anos do Metal)
Van Halen, Jump
David Lee Roth, Jump
(via caixa de comentários de Os Anos do Metal)
Etiquetas: feitiço do tempo, fenómenos do Entroncamento, música
É deprimente a figura do DLR... antes estivesse "só" velho :-)
Por acaso, quantas mais vezes vejo menos deprimente me parece... Há 22 anos de distância entre um e outro vídeo, o homem tem direito a mudar e, além de alguns guinchos dispensáveis, até acho graça ao arranjo e, particularmente, aos solos de violino (fiddle seria mais correcto, ou rabeca, se quisermos traduzir) e de dobro... sim, também gosto da sonoridade do banjo. De resto, os irmãos Van Halen tinham uma atitude um bocado pimba (aqueles sorrisinhos para a câmara, etc.) e o David Lee é que dava alguma classe àquilo. Mas esta aparição no Tonight Show, para quem não estava a contar, é mesmo desconcertante.