A criação do mundo


Vanitas

Se os blogues democratizaram, de algum modo, o acesso ao público de muita gente que permaneceria de outro modo na penumbra dos papéis escritos para a gaveta, é igualmente certo que são usados para potenciar estratégias pessoais de gente que já possui notoriedade. José Pacheco Pereira é o paradigma dessa segunda situação, o que não é de espantar nem de condenar, especialista que é na utilização do espaço mediático a seu favor. Todavia, peca pela vaidade: o auto-elogio encapotado por uma máscara de desprendimento, o desprezo pelos que o criticam na medida simétrica à simpatia pelos que o bajulam... Enfim, tudo isso pode resumir-se na forma olímpica como ignorou a brilhante desmontagem, feita por Paulo Querido, de mais um laudatório post em causa própria, sobre as audiências do Abrupto. A coluna de links ali ao lado serve, em parte, para que eu mesmo vá navegando por alguns blogues, para não estar a entupir os favoritos. Tenho de trabalhar nela, há ligações desactualizadas e revisões a fazer. Começo já: o Abrupto sai dali, com a certeza de que continuarei a passar por lá (sempre surge, por vezes, alguma coisa interessante) e de que a a perda da residual contribuição deste canto não fará, de modo algum, tremer os alicerces de tão eruditamente popular instituição virtual.

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